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Com o isolamento social e as milhares mensagens que têm circulado sobre Coronavírus, os profissionais de saúde estão tendo não só que lidar com as complicações da doença, mas também com o turbilhão de dúvidas apresentadas pela população, causando muitas vezes, pânico. São áudios informando ter uma porção de pacientes internados ou receitas para curar a doença, o que leva à desinformação. Por isso, a principal forma de combater as fake news é levando informação constante e de qualidade ao público atendido. Mas antes de compartilhar as dicas de como fazer isso, quais os sinais de que uma mensagem é falsa?
Como identificar as fake news?
O Ministério da Saúde fez uma lista de 7 sinais:
- Avalie a fonte, o site e o autor do conteúdo.
Muitos sites publicadores de fake news têm nomes parecidos com endereços de sites de notícias. Portanto, avalie o endereço e verifique se o site é confiável e veja se outros conteúdos do site também são duvidosos. - Avalie a estrutura do texto
Sites que divulgam fake news costumam apresentar erros de português, de formatação, letras em caixa alta e uso exagerado de pontuação. - Preste atenção na data da publicação. Veja se a notícia ainda é relevante e está atualizada.
- Leia mais que só o título e o subtítulo. Leia a notícia até o fim. Muitas vezes, o título e o subtítulo não condizem com o texto.
- Pesquise em outros sites de conteúdo. Duvide se você receber uma notícia bombástica que não esteja em outros sites de notícia.
- Veja se não se trata de site de piadas. Alguns sites de humor usam da ironia para fazer piada.
- Só compartilhe após checar se a informação é correta. Não compartilhe conteúdo por impulso. Você é responsável pelo que você compartilha.
Saiba como orientar os pacientes sobre as fake news
- Compartilhe os 7 sinais que indicam ser fake news com seu público. Ter senso crítico com o conteúdo recebido já vai contribuir bastante para minimizar os impactos das mensagens.
- Mantenha uma comunicação constante com o paciente. Compartilhar conteúdo relevante e de interesse do público-alvo é essencial para criar confiança. Isso pode diminuir as chances de a pessoa acreditar em áudios ou vídeos de fontes desconhecidas.
- Tenha proatividade. Ao perceber o encaminhamento de uma notícia falsa, seja rápido em avisar os pacientes que o conteúdo é falso. Para isso, use todos os canais de comunicação que for possível: Whatsapp, Facebook, Site, Instagram…
- Divulgue o número do Whatsapp do Ministério da Saúde. Pelo número (61) 99289-4640 é possível tirar dúvidas sobre mensagens falsas ou verdadeiras. Basta enviar o texto, imagem ou áudio para o número. Especificamente sobre o Coronavírus, o Ministério da Saúde também disponibilizou o número +55 (61) 9938-0031 que fornecerá orientações sobre a doença, sobre o tratamento e até protocolo de atendimento para profissionais dos postos de saúde. Um bot (robô de atendimento automático) receberá perguntas e fornecerá orientações sobre o coronavírus. Para ter acesso é preciso incluir o número na agenda do telefone e iniciar uma conversa com um “Oi”. A programação do robô inclui recomendações sobre como agir frente a casos suspeitos, formas de contaminação, prevenção, ações do Ministério e desmistificação de boatos sobre o vírus.
A Unicamp também está com uma iniciativa semelhante. O Grupo de Estudos da Desinformação em Redes Sociais (EDReS) criou uma hotline no WhatsApp para onde qualquer pessoa pode encaminhar fake news relacionadas ao coronavírus recebidas pelo aplicativo. O número é o +55 (19) 99327-8829. O objetivo é mapear e combater os boatos. Para se ter uma ideia, o grupo já reuniu cerca de 8 mil informações até 18 de março.
Opções para se informar não faltam, mas é preciso senso crítico para buscar e absorver a informação verdadeira. Em tempos de incerteza e insegurança como estamos vivendo, é preciso acolher e orientar os pacientes para que possam colocar em prática as corretas recomendações de higiene e saúde para prevenir o Coronavírus e para que possam se sentir mais seguros, mantendo assim, a saúde mental, tão importante nesses tempos de distanciamento social.
Por Camila Leal, especial para a ForMedici
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