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A obesidade tem se tornado um problema de saúde recorrente em todo o mundo. Crianças, jovens e adultos são afetados, devido à má alimentação, falta de atividade física, ociosidade, herança genética, entre outros fatores. No caso das crianças, a obesidade infantil está se tornando cada vez mais alarmante.
Segundo um estudo da Federação Mundial de Obesidade, o número de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos que estão acima do peso deve saltar de 220 para 268 milhões em menos de uma década. A projeção é de que cerca de 91 milhões de crianças e jovens serão obesos. Em nosso país, entre crianças e adolescentes de 5 e 9 anos, 33% já estão acima do peso e 15% são considerados obesos. Dessa forma, a estimativa é de que a obesidade infantil atinja 11,3 milhões de brasileiros em 2025.
Para o grupo de adultos, a taxa de gordura e o peso são diferentes para caracterizar estado de obesidade. A obesidade mórbida caracteriza-se, na maioria dos casos, quando encontram-se com um peso 15% a mais do que o correspondente à sua altura e idade.
Dentre as principais causas, a mudança no padrão alimentar da população é uma das principais. Cada vez mais trocamos os alimentos naturais e proteínas saudáveis por alimentos prontos, processados e industrializados, frituras em excesso, refrigerantes, doces etc.
Em meio a esse contexto, os maus hábitos no ambiente familiar são um facilitador para a ocorrência da obesidade infantil. A partir do momento em que a família se alimenta mal, consequentemente, a criança terá a mesma base alimentar, sofrendo com os efeitos dessa rotina desde cedo. Somado a isso está a ociosidade infantil, devido ao uso cada vez mais crescente de tecnologias, jogos, internet, entre outros aparelhos que acabam por afastar as crianças de uma atividade física.
A consequência do aumento exacerbado de peso nessa faixa etária é o aumento de chances de desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes ainda jovens. Além disso, a estimativa é de que 39 milhões estarão com gordura no fígado e 4 milhões com diabete tipo 2 até 2025, segundo o estudo citado.
Como prevenir?
Como a criança e o adolescente, em geral, não possuem conhecimento amplo sobre alimentação, é tarefa dos responsáveis, tanto em casa como na rua, estimular e proporcionar uma boa alimentação.
Uma das principais formas de prevenção e combate à obesidade infantil é melhorando a alimentação dos pequenos. A começar por quando ainda são bebês, aos seis meses, quando chega ao fim o período de aleitamento exclusivo, já está na hora de oferecer ingredientes saudáveis, diversificando consistências. Quando mais velhos, apostar no incentivo para comer legumes, verduras e frutas. Importante lembrar que os pais devem seguir essa mesma alimentação, para serem exemplo para os filhos.
Para estimular o gosto por esses alimentos que podem não ser muito atrativos visualmente, o ideal é provocar a interação das crianças com o que irão comer. Pedir para lavarem a salada ou pegar ingredientes na geladeira, deixar que explorem os alimentos com as mãos e levá-los às compras na feira ou no supermercado são algumas possibilidades para estimulá-los a conhecer a diversidade de alimentos que podemos consumir.
As crianças e adolescentes podem levar alimentos mais saudáveis para a escola, como maçãs, pães integrais e outros. Um estímulo para eles gostarem desses alimentos é ensiná-los a organizar sua alimentação ou aprender a fazer coisas simples, como vitaminas naturais, sanduíches, sucos de fruta, saladas etc.
Outra forma de controlar o ganho de peso, aliada à alimentação balanceada, é estimular a atividade física. A criança tem que jogar bola, andar de bicicleta, praticar algum esporte, brincar ao menos uma hora todos os dias. Aproveite para compartilhar desses momentos com ela. Isso estimula a vontade de se mexer e ainda estreita laços familiares!
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Fontes: https://saude.abril.com.br/familia/taxas-de-obesidade-infantil-tendem-a-subir-no-mundo/;
https://saude.abril.com.br/alimentacao/o-perigo-da-obesidade-infantil/; https://veja.abril.com.br/saude/cinco-maneiras-de-combater-a-obesidade-infantil/.


