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Dados do Ministério da Saúde e do IBGE mostram
que as pessoas do sexo masculino representam a maioria das internações em
hospitais por motivos de tumores, doenças do trato digestório, doenças
respiratórias, problemas infecciosos e acidentes, totalizando ainda 80% das
mortes de pessoas entre 20 e 30 anos de idade.
Ou seja: o homem não se previne. Como engajar o homem adulto em programas de
prevenção e saúde? Neste texto, traremos algumas respostas.
Por que o homem tem sido avesso à prevenção?
Para lançarmos algumas sugestões sobre como engajar os
homens às campanhas de prevenção em saúde, é preciso entender porque eles não
se previnem. Os dados das pesquisas do IBGE mostram que boa parte dos homens,
na verdade, tem aversão ou repulsa a exames preventivos.
Especialmente em relação ao exame da próstata, há muito tabu quanto ao toque
retal, mas este não é o único motivo. Os dados apontam que as campanhas de
prevenção relativas à saúde masculina são focadas quase de maneira exclusiva
nos indivíduos acima dos 40 anos. Isso impede a conscientização e a criação de
uma cultura, desde cedo, sobre a importância dos cuidados com o corpo.
Por não ter contato com campanhas de prevenção desde muito cedo, os homens
tendem a não se preocupar com a própria saúde até o momento em que percebem
sintomas de doenças no corpo e, ainda assim, alguns deles resistem ao
atendimento médico.
O histórico cultural da sociedade também colocou no imaginário masculino a
ideia de que são resistentes, que são fortes e imunes a algumas doenças, o que
faz com que muitos homens prefiram não encarar sua fragilidade biológica,
baseados em uma ideia equivocada de masculinidade.
Como as campanhas podem mudar este cenário?
Primeiramente, é preciso que as campanhas foquem a
saúde masculina desde a adolescência, quando o organismo se desenvolve e as
características biológicas dos homens se destacam em relação às das mulheres.
Desde jovem, o homem deve ser conscientizado a fazer consultas e exames de
rotina, acompanhamento médico e odontológico regular, hábitos saudáveis e ações
do tipo. Para isso, deve utilizar uma linguagem jovem, compreensível a um jovem
adulto.
Também é muito importante que as campanhas de engajamento ajudem a desconstruir
tabus e mostrar ao homem que ele também é suscetível a doenças e problemas de
saúde que exigem acompanhamento médico desde sua fase mais precoce.
Ou seja, é preciso mostrar a ele que cuidar da saúde também é coisa de homem, e
que ir ao urologista, ou a qualquer outro médico, não diminui de maneira alguma
a sua masculinidade, tampouco a sua virilidade.
Aliás, em relação à virilidade, também pode ser um ótimo argumento para o
cuidado preventivo. O engajamento vem quando o homem se convence de que a falta
de prevenção e, consequentemente, o surgimento de doenças, tem impacto direto
sobre a potência sexual, que costuma ser um assunto bastante sensível para
homens. Por isso, pode ser um bom argumento de convencimento: quem não se
previne, não é feliz na intimidade.
Além disso, deve-se investir na conscientização da saúde do homem também para
outros possíveis causadores de doenças, como o tabaco, as drogas e as bebidas
alcoólicas, que são muito mais consumidas por homens do que por mulheres. Todas
estas substâncias causam doenças a médio e longo prazo, mas a ausência de
malefícios instantâneos faz com que muita gente consuma este tipo de substância
até atingir a dependência química.
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